quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Porquê a Violência no Namoro?!

As razões que me levaram a trabalhar a prevenção da violência no namoro, na comunidade universitária conimbricense, são de índole variada. Por conseguinte, mencionarei, apenas, as que considero serem mais importantes.
Primeiramente, fui bastante aliciada pelo trabalho desenvolvido pela Doutora Carla Machado, do Instituto de Educação e Psicologia, da Universidade do Minho. Com base nas leituras que tenho feito dos trabalhos levados a cabo por esta investigadora e seus colaboradores, esta problemática continua, ainda (...) marginalizada nos discursos sociais e educativos e, em comparação com a violência marital, (...) tem merecido menor atenção por parte da comunidade científica. (Carla Machado et al. ,2006. Prevenção da violência nas relações de namoro: Intervenção com jovens em contexto escolar. In, http://pepsic.bvs-psi.org.br). Este aspecto é bastante preocupante pois, ainda segundo a mesma, (...) alguns estudos têm revelado a existência de níveis preocupantes de violência nas relações de namoro, incluindo violência física. (Strauss, 2004, cit por Carla Machado, 2006) É de salientar, ainda, que (...) a violência no namoro é um importante preditor da violência conjugal (...) , sendo, por conseguinte, bastante importante a prevenção em fases relacionais precoces.
Uma segunda razão que justifica, de algum modo, a minha escolha, prende-se com o facto de, em Portugal, carenciarmos bastante de uma prática preventiva a vários níveis. No domínio específico da violência nas relações de intimidade, está praticamente tudo por fazer, ao nível (...) do desenvolvimento de programas preventivos (...). (ibidem)
Como última justificação, mas não a menos importante, não poderia deixar de referir um caso bastante recente, de verdadeira brutalidade, em que um estudante da Universidade de Coimbra assassinou a sua ex-namorada. Este caso sucedeu-se em Setembro, do ano passado, e serviu como um "abanão" para a população, principalmente para a comunidade universitária. Este caso veio alertar as pessoas!

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